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UGT Press 610: Agora sim, o pisa 621x2j


27/04/2018

RESILIÊNCIA: a palavra “resiliência” vem sendo muito utilizada. Num velho dicionário, você vai encontrar “propriedade pela qual a energia armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão causadora da deformação elástica” (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, Novo Dicionário da Língua Portuguesa, edição de 1975); ou “característica mecânica que define a resistência de um material aos choques” (Grande Dicionário Larousse Cultural da Língua Portuguesa, edição de 1999). Modernamente, a Wikipédia, define “resiliência é a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas – choque, estresse, algum tipo de evento traumático, etc. ...”. Em psicologia “A resiliência é a capacidade de se recuperar de situações de crise e aprender com ela. É ter a mente flexível e o pensamento otimista, com metas claras e a certeza de que tudo a”. 

 

EDUCAÇÃO: em uma de nossas últimas UGTpress, abordamos o tema “educação, a eterna prioridade” e afirmamos “não é o objetivo aqui buscar os resultados do Brasil no Pisa ou em outros concursos e avaliações de alunos”. Recordando, Pisa é Programa Internacional de Avaliação de Alunos. Bem, as definições acima sobre a palavra “resiliência” são necessárias para analisar a frase da Folha de São Paulo (05/03/2018): “Estudo da OCDE mostra porcentagem de estudantes resilientes em 71 países que participaram do Pisa 2015”. A própria Folha de São Paulo explica o que é um “estudante resiliente”: “São os alunos que estão entre 25% mais pobres do seu país e que conseguiram ter notas acima do considerado minimamente suficiente no Pisa” (idem, idem). A respeito dessa classificação, o Brasil ficou em 62º lugar, atrás de Argentina, Chile, Uruguai, México, Colômbia e Costa Rica, apenas citando os latino-americanos.

 

RESULTADO PREOCUPANTE: ver os resultados do Pisa sob esta ótica é bastante preocupante porque isso mostra um elevado nível de desigualdade, tendo em vista que apenas 2,1% de nossos alunos pobres têm bom desempenho escolar. “O Brasil ainda tem um longo caminho para garantir que estudantes tenham o igualitário às oportunidades educacionais, independentemente da origem de seus pais ou do lugar em que vivem”, disse sco Avvisati, um dos autores desse importante estudo na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), também na Folha, segundo a qual “não foi possível tabular quais fatores mais influenciam a resiliência no país. Mas, nos questionários do Pisa sobre o clima na escola, 40,3% dos brasileiros disseram que “os alunos não começam a estudar logo que começa a aula” e 38% que “não ouvem o que o professor fala”.

 

ILHA DE EXCELÊNCIA: no mesmo dia e jornal, há uma notícia ao pé da página (A10) que informa sobre o desempenho da Escola Estadual de Educação Profissional Mário Alencar, de Fortaleza, no Ceará. Ali nenhum aluno foi reprovado, o índice de abandono escolar é zero e 25% de seus alunos foram aprovados em exame de ingresso para universidades públicas. Se em Fortaleza, no bairro pobre de Jangurussu, com altos índices de criminalidade, essa performance extraordinária é possível, por que em outros lugares não o é? A escola em período integral, vem recebendo um afluxo muito grande de alunos da cidade de Fortaleza, mas a preferência continua sendo por alunos do bairro e bairros vizinhos. Foi necessário começar a fazer seleção pelo histórico escolar. Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), cumprimenta a diretora Maiumi Lopes pelo singular sucesso.  

 

 

 




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